Curso: Para Além da Contratransferência: O Analista Implicado

Aperfeiçoamento


CURSO NO FORMATO ONLINE * ver nota abaixo em: “Informações para Inscrições”

O psicanalista deve ser capaz de reconhecer com tristeza e compaixão que entre as pores e mais debilitantes perdas humanas é a perda da capacidade de estar vivo para nossa própria experiência, em cujo caso perdemos uma parte de nossa qualidade humana”.
Thomas Ogden, 2005

Favorecer um espaço de ampliação do conhecimento clínico-teórico que favoreça o trabalho clínico.
Explorar a dimensão intersubjetiva da experiência clínica a partir de autores de nossa contemporaneidade – Thomas Ogden e Antonino Ferro – alicerçados especialmente nos pensamentos teórico-clínicos de W. Bion e D. Winnicott.
Ter no horizonte o objetivo de conduzir à reflexão profunda sobre a posição do analista, bem como de sua implicação no trabalho de análise.

Corpo Docente

Gina Tamburrino e professores convidados.

Conteúdo Programático
  • Proporcionar uma visão panorâmica da evolução do conceito teórico- clínico da contratransferência, desde Freud até a atualidade, dando a ver a transformação de uma abordagem unipessoal para a intersubjetiva.
  • Apresentar a articulação entre o fenômeno contratransferencial e a implicação do analista dentro de uma teoria de campo (Baranger)
  • Trabalhar com os referenciais teóricos e as contribuições para a técnica psicanalítica de Antonino Ferro e Thomas Ogden, baseados na trajetória conceitual de Freud, Klein e Bion.
  • Apresentar e fazer trabalhar os conceitos que se relacionam com:

a) a teoria do pensar (Bion): rêverie, identificação projetiva, fato selecionado, capacidade negativa, função alfa, entre outros;
b) a teoria do campo analítico (Willy e Madelenine Baranger): campo analítico, fantasia inconsciente compartilhada, baluarte, segundo olhar.
c) o conceito de terceiro analítico e rêverie (Thomas Ogden);
d) gradiente de funcionamento mental (do sonho às alucinações: sonho, fotograma onírico da vigília (flashes visuais), transformações em alucinose, alucinações) (Antonino Ferro).

  • Abordar a questão dos limites do analista, e os impasses que surgem na sala de análise: enactment crônico e agudo (Roosevelt Cassorla).

ESTRATÉGIAS: Aulas teórico-clínicas baseadas em textos de diversos autores (conforme bibliografia) que deverão ser previamente lidos pelos participantes.

Destinado a

Psicanalistas, psicólogos e profissionais que exerçam atendimento clínico, com escuta psicanalítica.

Duração/Horário

Duração:

um ano. Carga horária do curso: 80 horas.

Horário

Sextas-feiras, das 10h00 às 12h30.

Informações para inscrições

Jornada de Saúde Mental da Mulher – 2022

PROGRAMAÇÃO

  • 08h00 – 08h15: Abertura – Dr. Joel Rennó
  • 08h15 – 09h00: Planejamento Pré Concepção – Dr. Joel Rennó
  • 09h00 – 09h45: Aspectos Psicológicos na Reprodução Assistida – Luciana Leis
  • 09h45 – 10h30: Reprodução Assistida e Psiquiatria – Rodrigo Gimenez
  • 10h30 – 11h00: INTERVALO (30min)
  • 11h00 – 11h45: Família: lugar de pertencimento, diferenciação e atritos contemporâneos – Alexandre Coimbra Amaral
  • 11h45 – 12h30: Transtornos mentais no período perinatal – Maira Lessa
  • 12h30 – 14h00: ALMOÇO (1h30min)
  • 14h00 – 14h45: Psicofármacos e Perinatalidade – Alexandre Okanobo
  • 14h45 – 15h30: Transtornos Mental Paterno e suas repercussões – Arianne Angelelli
  • 15h30 – 16h00: INTERVALO (30min)
  • 16h00 – 16h45: Elaboração Psíquica na Gestação – Rachelle Ferrari
  • 16h45 – 17h30: Pediatria e Saúde Mental Materna – Cleyton Angelelli
  • 17h30 – 18h00: Discussão de casos e dúvidas com a Equipe do Programa Saúde Mental da Mulher – Ambulatório ProMulher. (Certificado Digital – Concedido pela Escola de Excelência do IPq – Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP)
  • inscrições:
  • https://www.ceip.org.br/cursos-e-eventos/jornada-de-saude-mental-da-mulher-2022-13-087/
https://www.ceip.org.br/cursos-e-eventos/jornada-de-saude-mental-da-mulher-2022-13-087/

A constituição da paternidade

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  • O filho também é do pai! O foco na relação mãe -bebê pode nos deixar esquecer do ambiente que os circunda e da importância do pai. A atitude paterna influencia no desenvolvimento da criança. É o pai, ou seu substituto, que favorece para a mãe e o bebê o estabelecimento da terceiridade… É preciso três para que dois possam ter a ilusão de ser UM!
  • Em nosso curso, pelo INSTITUTO GERAR DE PSICANÁLISE, buscamos:
  • Compreender como alguns homens estão construindo novas narrativas e práticas sobre a masculinidade e paternidade. Esta compreensão pode ajudar a abrir portas dialógicas com outras identidades masculinas menos disponíveis para se desconstruir. ( Alexandre Coimbra Amaral)
  • Entender e legitimar o pai como um cuidador potente e desejante do filho, acompanhando assim as mudanças socioculturais por que temos passado. As novas dinâmicas e configurações familiares possibilitaram outras formas de exercício da paternidade, bem como da maternidade. ( Simone Gidugli)
  • Pensar o complexo de Édipo e suas relações com a constituição da terceidade. ( Sérgio Gomes)
  • Investigar as conexões e pontes simbólicas que unem pai e filho. Com Winnicott e sua lente de aumento incidindo sobre os aspectos ambientais e mais precoces, iluminamos a figura do pai e sua capacidade de conexão com o filho como agente facilitador do seu processo de travessia edípica. Há um processo dialético e sincrônico: o pai está lá para ser encontrado quando o bebê se torna capaz de criá-lo. ( Arianne Angelelli)
  • Aprender com Cristina Merletti sobre intervenções e atendimento a famílias – pensar o Édipo sob o vértice paterno e ilustrar, nos casos de psicose infantil, as vicissitudes da constituição da função paterna.

Falando sobre masculinidades… com Alexandre Coimbra Amaral.

Nossos professores:

Arianne Angelelli é psiquiatra perinatal com especialização na infância e adolescência, colaboradora do ambulatório Pro-Mulher do Instituto de Psiquiatria da USP. Simone Guidugli é psicanalista e pesquisa a paternidade na USP. Este curso foi montado por Arianne ( PUC-SP) e Simone (USP) a propósito das pesquisas em psicanálise que ambas desenvolvem no momento. Alexandre Coimbra Amaral tem experìência com grupo terapêutico de homens e nos traz casos de homens em sua trajetória na construção da paternalidade. Cristina Merletti, do Lugar de Vida, psicanalista e docente titular da Universidade Ibirapuera, nos fala da função paterna a partir de sua experiência com famílias e no atendimento a crianças com transtornos de subjetivação. Sergio Gomes, também doutor em psicologia, traz sua contribuição a partir da sua pesquisa de pós doutorado e articula terceiridade, Édipo e paternidade.

O filho também é do pai

os primeiros passos ( Van Gogh)
Os Primeiros Passos ( Vincent van Gogh)

Para Winnicott o bebê é “uma organização em marcha” e a fase edípica um momento importante do desenvolvimento, mas que nem sempre é atingido plenamente.

Sem deixar de levar em conta o pensamento freudiano e a importância do complexo de édipo, Winnicott se volta para os estágios iniciais e suas viscissitudes.

O estabelecimento da terceiridade na vida da pessoa é pensado pela ótica das relações iniciais. Ele enfatiza a importância do ambiente para o amadurecimento e sob este ponto de vista a conquista da independência relativa a partir da situação inicial de dependência absoluta do bebê.
Claudia Dias Rosa salienta como Winnicott tende a valorizar a presença real do pai na vida do bebê e de sua mãe. Ela explicita 4 fases do desenvolvimento e em cada uma delas a participação paterna. Estas fases vão do momento mais inicial, em que o pai, fazendo parte do colo da mãe, é percebido de forma indiferenciada, ao momento do pai “edípico” agente da terceiridade e da diferença . Segundo esta autora, na obra de Winnicott, o pai tem múltiplas funções que progridem conforme o bebê se desenvolve. Ele tem lugar como facilitador para que o bebê adquira uma capacidade progressiva de percepção do objeto, em cada fase. Diz Winnicott:
“À medida em que o bebê fortalece seu ego… à medida que a tendência herdada à integração faz o bebê avançar…. a terceira pessoa desempenha ou parece desempenhar um grande papel…e é aqui que sugiro que o bebê tem probabilidade de fazer uso do pai como um diagrama para a sua própria integração… Se o pai não se encontra lá, o bebê tem de fazer o mesmo desenvolvimento, mas de modo mais árduo…”
O pai “capaz de sobreviver, castigar e perdoar” , de que nos fala Winnicott, é aquela figura que, já percebida em sua totalidade pelo bebê, tem sua importância como um elemento terceiro , real e presente. O pai (terceiro) que pode acolher de alguma maneira os impulsos hostis da criança faz diferença na maneira como ela se torna capaz de suportar em si mesma as pressões instintivas.
Com Winnicott e sua lente de aumento incidindo sobre os aspectos ambientais e mais precoces, podemos salientar o quanto a figura do pai e sua capacidade de conexão com o filho será agente facilitador futuro do processo de travessia edípica. Há um processo dialético e sincrônico: o pai está lá para ser encontrado quando o bebê se torna capaz de encontrá-lo.

curso pelo Instituo Gerar
https://institutogerar.com.br/cursos/o-filho-tambem-e-do-pai-reflexoes-psicanaliticas-sobre-a-paternidade/

inscrições para o curso no link acima

Professores:

Alexandre Coimbra Amaral: Psicólogo, terapeuta de casais, famílias e grupos.  Escritor, autor de “Cartas de um terapeuta para seus momentos de crise” e “A Exaustão no topo da montanha”. Fundador do Grupo Terapêutico de Homens, que vem desconstruindo machismos há quatro anos e meio em encontros quinzenais).

Arianne M. M. Angelelli: Psiquiatra infantil e perinatal, membro do departamento de saúde mental da Sociedade Paulista de Pediatria e do Ambulatório de Saúde Mental da Mulher do IPQ-USP, mestranda pela PUCSP.

Cristina Keiko Inafuku de Merletti: Psicóloga; psicanalista; especialista em Tratamento e Escolarização de Crianças com TGD/PSA-IPUSP; mestre e doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pelo IPUSP; sócia-membro do Lugar de Vida – Centro de Educação Terapêutica SP; docente titular do Programa de Mestrado em Educação e Subjetividade da Universidade Ibirapuera.

Sergio Gomes da Silva: Psicanalista, Pós-Doutor em Psicologia (USP), Doutor em Psicologia Clínica (PUC-Rio), Membro Efetivo do CPRJ, Membro do GBPSF. Diretor do Instituto Nebulosa Marginal.

Simone K. Niklis Guidugli: Psicóloga perinatal, clínica e hospitalar. Mestre e Doutoranda pelo IPUSP. Sócia-fundadora da Curae Psicologia.

Programa:

08:00h – 09:15 – Síndrome de couvade: a identificação feminina primária e a ancoragem da paternidade no corpo.  O pai que une. (Arianne Angelelli)

09:15- 10:30 – Da Preocupação Materna Primária à Preocupação Parental Primária. (Simone Guidugli)

Intervalo 15 min

10:45 as 12:15- A experiencia do grupo terapêutico de homens: paternidade. (Alexandre Coimbra)

12:15- 13:30- almoço

13:30 -14:15   Depressão puerperal paterna: não é só a mãe quem deprime. Características dos quadros de doença mental paterna e suas repercussões (Arianne Angelelli).

14:15- 15:30   Paternidade, Terceiridade e Édipo (Sergio Gomes).

15:30 – 16:45h- O triângulo edípico sob o vértice paterno e suas repercussões no psiquismo do filho. A dimensão simbólica da filiação- o pai que separa. (Cristina Merletti).

intervalo 15 min 

17:00 – 18:00 Filho, não vê que estou queimando? Paternidade e negritude – ser pai no contexto da sociedade brasileira. Caso clínico. (Simone Gidugli e Arianne Angelelli).

18:00 a 18:30 roda de perguntas aos palestrantes

ALEXANDRE COIMBRA AMARAL: falando sobre a(s) masculinidade(s)

Abrap

A ABRAP-Associação Brasileira de Psicoterapia foi fundada em maio/2004.

O objetivo da ABRAP é reunir e fomentar o intercâmbio entre psicoterapeutas de diferentes referenciais teóricos.

Busca-se assim dialogar compartilhando tanto conhecimentos científicos atuais como incentivar o desenvolvimento da ciência de modo a contribuir para um exercício qualificado em psicoterapia.

A ABRAP vem somando seus esforços com diferentes órgãos e entidades participando e fornecendo oportunidades para o diálogo e produções sobre a psicoterapia http://www.abrap.org/normatizacao.php?NuNot=271 para contribuir tanto com as diferentes instituições como com os /as psicoterapeutas e a sociedade como um todo.

Conheçam a primeira videoconferência http://www.abrap.org/noticias.php?NuNot=257 proposta pela ABRAP através do canal ABRAP no youtube  https://www.youtube.com/c/ABRAPAssociaçãoBrasileiradePsicoterapia?sub_confirmation=1 em abril/2020 diante da grave crise sanitária que vivemos.

Propomos atividades sistematicamente. Sigam a ABRAP Facebook- @ABRAP.org.br; chamadas pelo Twitter- @ABRAP_ABRAP; e Instagram- oficialabrap

Participe conosco em prol do reconhecimento e qualificação do exercício em psicoterapia.

Participe de nosso proximo encontro!

O psicologo e a medicação psiquiatrica

Objetivo: Introdução aos conceitos básicos da psicofarmacologia abordando os psicofármacos mais comumente usados em psiquiatria para atualização de psicólogos e psicoterapeutas que trabalham com clínica.

As aulas serão online e ao vivo

2 encontros, das 17:00 às 20:15 horas
Data:dias 07 de maio e 14 de maio (sextas-feiras).

Um poema:

TDAH

Esta angústia me convoca

Me tira do meu corpo

A atenção é um luxo

Que almas atormentadas como a minha não

conhecem

Não quero ritalin, por favor

Mas um copo dagua, sim?

( e que seja fresca, por favor)

( Arianne Angelelli)

Jornada da Saúde Mental da Mulher

https://www.ceip.org.br/cursos-e-eventos/jornada-de-saude-mental-da-mulher/

uma jornada sobre a saúde mental da mulher

Grupo de estudos: Indicadores de intersubjetividade

Carla Braz Metzner

https://www.entrelacer.com.br/event-details/grupo-de-estudos-indicadores-de-intersubjetividade-com-carla-braz

Indicadores de intersubjetividade: Do encontro de olhares ao prazer de brincar juntos – Victor Guerra | Com a psicóloga e psicanalista pelo Sedes Sapientiae, Membro do Dpto de psicanalise do Sedes Sapientiae. Mestranda da PUC de São Paulo, Carla Braz Metzner.

https://www.entrelacer.com.br/agenda

O Psicólogo e a Medicação Psiquiátrica: Informações necessárias para acompanhar seu paciente

Objetivo: Introdução aos conceitos básicos da psicofarmacologia abordando os psicofármacos mais comumente usados em psiquiatria para atualização de psicólogos e psicoterapeutas que trabalham com clínica.

https://institutogerar.com.br/cursos/o-psicologo-e-a-medicacao-psiquiatrica/

Data mudada para 27/11/2020

Instituto gerar de psicanalise

curso: para além da contratransferência

https://sedes.org.br/site/cursos-sedes/para-alem-da-contratransferencia-o-analista-implicado/

o curso tem se renovado anulamente

entrar em contato com http://sedes.org.br/site/cursos/

Palestra “Toxilogia e Alcoolismo nas Relações de Trabalho”- palestra ministrada po Katia Piroli

Gravidez na adolecência – PGM 20

O Programa semanal de debates onde os temas são selecionados a partir de fatos que ocorrem no cotidiano da sociedade.

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