Medicalização da Infância

Palestra proferida no encontro realizado na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo em 04/05/2024, na mesa redonda ” Comunicação pelo sintoma, ação no sofrimento”. Esse encontro foi idealizado pelo Núcleo de estudos em Saúde Mental da Sociedade Paulista de Pediatria, em parceria com a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Nesse evento tivemos um segundo lançamento do livro ” Pediatria e Saúde mental: implicações frente às mudanças do século XXI,” da ed. Atheneu, organizado por Denise de Sousa Feliciano (presidente) e os membros da equipe do núcleo de saúde mental da sociedade de pediatria, do qual faço parte.

Arianne Angelelli

Introdução

Começo esse texto contando um pouco a minha trajetória, dedicando a fala de hoje à Dra Amélia de Vasconcelos, que nos deixou no mês passado, com certeza conhecida de muitos que estão aqui hoje. Comecei a estudar com a Amélia depois de uma conversa com a Adriana Marciano, grande amiga que é também aqui dessa sociedade. Fizemos residência juntas no HC e em 1999, há 25 anos atrás, eu passei num concurso para trabalhar no hospital dia infantil do Hospital Pinel. Tínhamos lá uma equipe muito boa, atendíamos crianças graves, inspirados pelo trabalho do Lugar de Vida, onde muitos faziam cursos e supervisão. Vocês podem imaginar o meu espanto ao escutar as discussões, tendo vindo da residência do Hospital das Clínicas, sobre o diagnóstico diferencial de crianças que, para mim, pareciam todas autistas. Nessa época, conversando com a Adriana, ela falou: “vai fazer o curso da Dra Amélia, ajuda muito a gente a entender melhor as crianças”. Foi assim que entrei no IPPIA, instituto dirigido pela Amélia de Vasconcelos. Na época, com filho muito pequeno, tive de fazer uma matéria de cada vez para conciliar o trabalho e os plantões, mas no final eu acabei ajudando a Amélia com as aulas do seu curso. Esse curso, o qual ela intitulava de Integração Biopsicossocial, era muito inspirador, muito amplo. Suas ideias me guiam até hoje, por isso vou usar aqui um pouco dos seus ensinamentos para discutir o tema da medicalização da infância.

A questão da medicação e da própria medicalização, da qual vou falar daqui a pouco, corre paripassu com a questão diagnóstica em psiquiatria. Seguindo uma linha do tempo, nesses quase 30 anos em que trabalho com o tema, acompanhei a vigência de dois dos manuais diagnósticos americanos. O quarto manual americano de psiquiatria (DSM IV) começou a ser usado, após tradução no Brasil, no mesmo ano em que me formei. Em 2013, mais ou menos dez anos depois, a versão atual do manual americano foi publicada (o DSM V). Então temos visto, os psiquiatras da infância e adolescência, como eu e a Adriana, uma grande mudança em relação aos diagnósticos psiquiátricos das crianças, nesses últimos 30 anos. Do ponto de vista estatístico, os manuais de classificação podem ser responsáveis pelo aumento da percepção e do diagnóstico de qualquer transtorno, desde que proponham critérios mais abrangentes para classificar as doenças[I]. O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é um desses casos. No DSM IV (1994), o TDAH, para ser diagnosticado, tinha que começar a ser percebido antes dos 7 anos de idade. Isso significa que, se a criança não tivesse sintomas na primeira infância e começasse a manifestar dificuldades escolares somente na adolescência, não seria considerada hiperativa de acordo com aquele manual. Em 2013, o DSM V foi publicado, determinando agora que os sintomas deveriam começar antes dos 12 anos para o diagnóstico do TDAH. O DSM V também especificava e colocava um maior foco no diagnóstico de TDAH em adultos. Qual a consequência dessa mudança de critério temporal? Mudar a idade mínima de início dos sintomas de 7 anos para 12 anos trouxe, nos últimos dez anos, uma explosão nos diagnósticos de TDAH. E mais adultos sendo medicados e diagnosticados também com o transtorno.

Como sabemos, o tratamento standard para o déficit de atenção é a anfetamina. No Brasil a primeira anfetamina disponível foi o metilfenidato (conhecido como Ritalina®). Agora vejamos alguns dados relacionados ao uso de anfetaminas prescritas no Brasil. O quadro abaixo expressa um dado da pesquisa de doutorado de Denise Barros, publicado em 2014 pela UERJ1. Nesse estudo, a pesquisadora encontrou um aumento de consumo de metilfenidato de mais de sete vezes, de 2003 a 2012. (A substância passou a ser produzida no Brasil no final da década de 1990).

Esses dados, de mais de dez anos atrás, já estão desatualizados. O consumo das anfetaminas para fins terapêuticos e para aumento da performance cognitiva aumentou ainda mais nos últimos anos. Abaixo o QR code para uma outra publicação da mesma autora que analisa estes dados no Brasil2.

Ortega, F., Barros, D., Caliman, L., Itaborahy, C., Junqueira, L., & Ferreira, C. P.. (2010).
A ritalina no Brasil: produções, discursos e práticas. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 14(34), 499–512. https://doi.org/10.1590/S1414-32832010005000003

A questão do TDAH é muito interessante, para pensar a complexidade e o poder da narrativa psiquiátrica para compreender o mal-estar das crianças e adolescentes. Porém, embora esses dados mereçam uma discussão mais aprofundada, eu gostaria de usar aqui a questão do TDAH somente como exemplo, pois não vamos nos deter a ela.  No caso do TDAH e de muitos outros diagnósticos, há controvérsias em relação ao modo de diagnosticar e aos “pontos de corte” para determinar, caso a caso, se há ou não um transtorno ou uma doença. Isso ocorre porque sintomas e fenômenos em psiquiatria se definem a partir de variáveis que são dimensionais, e não categóricas. É uma questão epistemológica. Há uma zona cinzenta entre o que pode ser considerado “normal” e o patológico em psiquiatria. Dessa forma, certas definições são arbitrárias, e como tal, devem ser relativizadas. Diagnósticos são construtos que sempre devem ser pensados tendo em vista que a pessoa humana se situa num contexto biopsicossocial, e que o próprio diagnóstico depende de uma narrativa (social) que o valida e que pode mudar através dos tempos3.

Entre a medicação e a medicalização

Hieronymus Bosch (1450-1516). A extração da pedra da loucura (Madri- Museu do Prado)

Quando estamos no museu do Prado em Madrid, um pouco antes de chegarmos ao quadro mais famoso de Bosch, conhecido como o “Jardim das delícias” encontramos essa tela que mostra a trepanação de um homem por um médico que tem um funil na cabeça. Esse médico charlatão está sendo assistido por dois religiosos.  É interessante pensar como o pintor, que viveu na idade média, colocou nessa obra muitos elementos de ironia. Bosch ironiza a ideia da extração da loucura de forma cirúrgica, e coloca os religiosos em cena, condensando numa só imagem a crítica ao poder da igreja e ao “furor curandis” que busca extirpar a loucura num ato cirúrgico. Naquela época, apesar dessa crença numa possível ablação da insanidade, a explicação orgânica das doenças mentais não era preponderante. Por muito tempo acreditamos em forças espirituais, divinas, e em possessões demoníacas para explicar os comportamentos aberrantes do humano. Freud, que se forjou no pensamento moderno, foi herdeiro de outro tipo de raciocínio. Quando dizemos que a psicanálise nasceu no ventre da histérica, homenageamos a compreensão que Freud teve do sofrimento daquelas mulheres, e o legado que elas nos deixaram quando batizaram o nosso método de “limpeza da chaminé”. A “limpeza da chaminé” era uma forma metafórica de descrever o método psicanalítico, esse novo modo de tratar o sofrimento por meio da construção de uma narrativa conjunta, da interpretação e da relação transferencial. O pensamento moderno buscava na ciência a explicação para os fenômenos, e foi por meio das histéricas que o primeiro psicanalista postulou as causas inconscientes do sofrimento humano. Antes de saber exatamente o que seria uma sinapse entre neurônios, Freud já expressava a ideia de ligações4 que ocorreriam em algum nível da mente, e muitas das suas intuições tem sido hoje confirmadas pelos modelos das redes neurais e da neurotransmissão que se tornaram do conhecimento de todos nós.

Mas cem anos se passaram e o que presenciamos hoje é que essa nova “verdade”, a verdade do cérebro, parece estar tomando conta de todo o nosso pensamento e do nosso modo de compreender a experiência humana. Como discutimos num dos capítulos do livro que lançamos hoje, a ideia de um “sujeito cerebral”5 é preponderante hoje em dia. É impressionante. Amélia nos ensinava que o paciente, ao chegar, traz consigo uma fantasia de doença e uma fantasia de cura. A hora de jogo, uma situação padronizada que aplicávamos na observação da criança, visava captar por meio do seu brincar uma “pista” sobre essas fantasias. Winnicott, ao contar o seu primeiro encontro com uma criança para uma consulta terapêutiica, conta que a criança chegou para essa primeira sessão já dizendo “sonhei com você” antes mesmo de conhecê-lo. Assim, a transferência e a angústia do primeiro encontro mobilizam a criança para que essa hora inicial seja pregnante de sentido, com um pedido de tradução que lhe é peculiar.  Mas hoje, desde a primeira entrevista com os pais, a fantasia de doença (e também a de cura) parecem estar esmagadas pela crueza do discurso médico e medicalizante, que possui um sentido próprio, muito saturado, que dá pouca margem à interpretação, ao imaginar, ao brincar. Uma pessoa que se dedica muito a algo relata ter um “hiperfoco”, a dificuldade escolar se traduz muito rapidamente pelo déficit de atenção, o impulsivo descobre no “dr Google” que o seu problema é uma questão de “déficit de controle inibitório”. Os jargões da neurociência e até conceitos complexos da psicanálise estão disponíveis no youtube e no tiktok para quem quiser ver. Um adolescente chega ao consultório dizendo “sou muito bipolar” ao me explicar que muda muito de ideia e de amores; e uma mãe em dificuldades me conta que descobriu na internet que, por ter tido “uma mãe narcisista” está “penando” para se entender com o seu bebê e precisa então de um medicamento para sua depressão pós-parto.

Esse vocabulário pseudocientífico, porque absorvido sem muito questionamento, está no imaginário de todos hoje em dia. É necessário então a todo tempo, na clínica, entender o uso particular que cada pessoa faz dessas informações e desses rótulos, para compreender sua experiência subjetiva. A tentação do “não pensar” é muito grande, porque pensar dá trabalho, e para pensar de verdade precisamos tolerar a incerteza do não saber. Isso está em Sócrates e está na filosofia, mas também em Bion e em Winnicott. Considero uma grande “tentação” (para usar um termo religioso) que nos afasta da verdade, da aleheia, a “redução” da experiência humana ao seu aspecto mais biológico e cerebral.

(Embora, e como médica não deixo de constatar isso a todo momento, somos sim, em certa medida, produtos das nossas reações químicas cerebrais, da ação dos nossos hormônios e da experiência psicossomática que nos constitui. Esse é um paradoxo que temos de sustentar em nossa prática. O corpo é, e está lá, mas o nosso psiquismo não pode ser completamente explicado por ele).

Nesse momento da minha fala acho importante fazer algumas definições. “Medicalização” é o termo criado para designar o fenômeno que eu decrevi acima, e consiste em trazer para o âmbito da profissão médica certos domínios que não se restringem à sua jurisdição. Ela abrange explicações biológicas sobre os aspectos da experiência e subjetividade da pessoa e diz respeito a esse modo de compreender o humano que equaliza comportamento e emoções ao funcionamento do cérebro. O raciocínio medicalizante tem consequências importantes sobre nossa prática. Para cada sintoma, uma medicação; para cada distúrbio, um diagnóstico; para cada problema, um especialista.

Agora gostaria de me aprofundar um pouco mais no aspecto social do fenômeno da medicalização. Voltando ao quadro de Bosch, encontramos a reprodução da sua imagem na capa de um livro muito interessante, bastante atual, que se chama “A arte de reduzir as cabeças”, de Dany-Robert Dufour6. Dufour é um pensador- entre muitos outros- que, como Bosch fez ao seu modo, denuncia a “redução das nossas cabeças” pela mídia contemporânea e pelo mercado. Esse livro tem 20 anos, mas ainda é atual, na medida em que vai apontando a predominância da imagem com um empobrecimento da capacidade de simbolização dos nossos dias. Esse é o aspecto social que eu gostaria de apontar hoje, para iluminar uma das facetas do processo de medicalização da vida e do sofrimento. Há um fator econômico que favorece a convergência entre o fortalecimento da indústria farmacêutica e o pensamento atual de que o sofrimento humano “mora” no cérebro e assim deve ser compreendido. Dufour aponta essa nova servidão, essa nova forma de alienação, dando o exemplo do uso do Prozac® e da Ritalina®, que se tornam então cada vez mais populares. Aqui no Brasil o livro de Maria Rita Khel, “O tempo e o cão”, que ganhou um prêmio Jabuti em 2010, já aponta a ideia da depressão como uma nova tradução do sujeito contemporâneo, o qual jamais consegue corresponder aos ideais ( mercadológicos) da felicidade e da potência.

Volto aqui então à imagem de Bosch para pensar com vocês a questão da medicalização da vida, ou seja, a questão da medicalização do sofrimento e da “redução” da experiência humana ao seu componente cerebral. O uso crescente de medicações psicotrópicas (que podemos definir mais precisamente pelo termo “medicamentalização”7) é apenas uma parte desse processo, que é muito mais amplo. Imagino que se pudéssemos conversar sobre esse texto que estou produzindo, Dra Amélia diria que estamos diante de uma simplificação, de uma redução da compreensão daquilo que é humano, biopsicossocial, ao considerar somente a dimensão biológica, cerebral, da experiência. O social e o psíquico, então desconsiderados, deixam de “atrapalhar” o endereçamento do mal-estar humano a um pragmatismo que é vantajoso de certa forma, que parece combinar mais com a aceleração dos nossos tempos, com a produção do sujeito contemporâneo que deve consumir o remédio que é vendido na farmácia para a cura do seu mal-estar.

A narrativa da mercadoria dispõe assim, para sua eficácia, de todo um priorado, com seus pesquisadores a quem se confessa os desejos mais loucos em matéria de sabonete, com seus atores que montam representações nas quais são vistos os milagres cotidianamente realizados pela mercadoria, com seus apóstolos que incessantemente vendem as suas promessas de redenção pelo objeto, com seus marketing men encarregados de difundir a boa nova e ministrar a boa palavra sobre os bons produtos… O Mercado mantém uma verdadeira servidão voluntária, ele é ainda mais poderoso na medida em que é reconhecido em ato por tudo o que o mundo tem como consumidores prontos, desde a sua mais tenra idade…” ( Dufour, p79)

No texto de Dufour, a mesma ironia de Bosch, se vocês percebem: o priorado, a boa nova, os apóstolos, a boa palavra, agora não se referem mais aos desígnios divinos… mas aos ideais do mercado. Não é mais o demônio, é a disfunção cognitiva explicada pela deficiência de dopamina que precisa do exorcismo da ritalina para ser expurgada de vez. A pedra da loucura…

O tempo da infância

As consequências do raciocínio medicalizante na infância são mais disruptivas do que no caso dos adultos. Isso porque os pequenos são muito mais porosos ao discurso dos adultos e à violência da sua interpretação, para parafrasear o conceito de Piera Aulagnier8. Conhecemos o efeito das profecias autorrealizadas determinando caminhos para a subjetividade da criança. Eu as ouço dizendo “SOU TDAH” desde muito cedo: “por isso que eu não aprendo”. O onipresente “TOD” (transtorno opsitivo desafiador) também vem, constantemente, a solapar a demanda esperançosa da criança com tendência antissocial. Para Winnicott, muitos desses casos são um jeito de a criança pedir ao ambiente um contorno que lhe permita experienciar sua capacidade de destruir e reparar seus objetos, para retomar seu desenvolvimento. O próprio diagnóstico de autismo, hoje mais abrangente, já que a psiquiatria não mais considera a hipótese da psicose infantil, pode ser usado para aprisionar a criança num discurso saturado que toma por pressuposto, já de saída, sua incapacidade de brincar. De certa forma, todos esses diagnósticos, que deveriam nortear e clarear as muitas formas de sofrimento que podem acometer os pequenos, podem se interpor entre eles e o seu tratamento. Os medicamentos em si, não são o maior problema, a meu ver, e sim a saturação que ocorre no campo terapêutico quando o comportamento e o viver são compreendidos só e exclusivamente a partir do cérebro. O fármaco e o pharmakon podem conviver de forma não excludente quando podemos sustentar os paradoxos da condição humana, e a abertura do pensar aos inúmeros caminhos que levam alguém a produzir um sintoma, ainda mais quando esse alguém é uma criança ou um adolescente em formação.

A respeito do uso dos medicamentos, em especial, gostaria de citar o pensamento de André Green, num texto presente no livro “As cadeias de eros”. Peço perdão desde já pela longa citação, mas creio que o autor consegue nos dar uma visão desapaixonada e lúcida sobre a tensão e a complementaridade entre o psíquico e o biológico, já que estamos sempre, de certa forma, como psiquiatras, com um pé em cada canoa. Em nosso caso, toda ajuda é bem-vinda para podermos nos manter nessa posição tão desafiadora, se ousamos recusar ou questionar o raciocínio  medicalizante predominante nos nossos dias.

Não se trata de afirmar que a causalidade natural tem a última palavra, mas antes nos recordar que ela é um ponto de partida incontornável. E desta biologia, que não nos esclarece tanto pelos fatos que tem a apresentar-nos, mas pelas hipóteses que estão na base dos funcionamentos que ela descreve, não tenho quaisquer motivos para me envergonhar. A relação dos fatos psíquicos com a biologia não é nem de subordinação nem de transcendência. É de coexistência no seio de uma concepção que se preocupa, acima de tudo, em fazer justiça à complexidade […] Além disso, toda a ação da quimioterapia psiquiátrica (que atualmente acompanha muitas vezes as nossas curas […] tem um duplo impacto: a nível das suas ações sobre o sistema nervoso, por um lado, e sobre o sistema psíquico, por outro. Talvez haja duas lógicas ativas distintas na depressão, mas existem, decerto, agentes, sejam estes medicamentos ou a psicoterapia, que exercem uma ação sobre ambas. De certo quem contestaria, hoje, que todo fenômeno psíquico tem seu correspondente fisiológico? O que se deve discutir é a especifidade da organização psíquica, suscetível de produzir, pelo seu “trabalho” (no  sentido metapsicológico) os seus efeitos particulares ( os quais terão, também, a sua versão fisiológica). É esta a linha seguida por Freud. Aí o biológico só intervém quando o psiquismo, por perda das suas capacidades de libertação, de transformação e criação, em suma, por não conseguir ultrapassar fixações ou bloqueios, sofre a ação da repetição e se encontra à mercê de uma destrutividade que parece encontrar uma explicação insuficiente na culpabilidade em relação ao Superego…Pela sua mecanicidade, pela rigidez com que é desencadeada sua atividade defensiva, pelo caráter inominável de sua angústia ou da sua descarga sob a forma de passagem ao ato, as formas dessa vida psíquica alterada ou diminuída deixam adivinhar que estão sujeitas a fatores psicobiológicos, o que significa[…]simplesmente[…] a sua passagem a um modo de funcionamento que desqualifica a natureza transformadora do psíquico tal como Freud a havia descrito e à qual Winnicott deu o nome de criatividade primária. ( Green p. 67-68)

Gosto desse pensamento de André Green, que dá à biologia o seu lugar, e nos indica o momento de introduzir a quimioterapia psiquiátrica nos casos em que a rigidez das defesas e a dificuldade de realizar trabalho psíquico deixa o indivíduo à mercê de uma destrutividade que ele não consegue superar sem a ajuda desses recursos externos.

            Referências

  1. BARROS, D. B. Os usos e sentidos do metilfenidato: experiências entre o tratamento e o aprimoramento da atenção. 2014. 182f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014 .
  2. ORTEGA,F., BARROS,D.,CALIMAN,L. et al. (2010) A ritalina no Brasil: produções, discursos e práticas. Interface- Comunicação, Saúde, Educação, 14(34), 499-512.
  3. FOUCAULT, M. História da loucura na Idade Clássica. 7 ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.
  4. BEZERRA JUNIOR, B. (2013). Projeto para uma psicologia científica: Freud e as neurociências, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
  5. EHRENBERG, A. O sujeito cerebral. Psicol clin [ Internet ]. 2009;21(1): 187-213. Available from: https://doi.org/10.1590/S0103-56652009000100013
  6. DUFOUR, D-R. A arte de reduzir as cabeças: Sobre a nova servidão na sociedade ultraliberal. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2005.
  7. ANTONELI, C.C. A dimensão farmacológica do sujeito contemporâneo. Self farmacológico e vida farmacológica. Rev Bras Psicanal. 2023; 57 (4). P75-86.
  8.  AULAGNIER, P. A violência da interpretação : do pictograma ao enunciado. Trad. Maria Clara Pellegrino. Rio de Janeiro: Imago, 1979.
  9.  GREEN A. As cadeias de Eros. Lisboa: Climepsi, 2000.

[I] Em sua primeira versão, o DSM-I, lançado em 1952, continha 106 categorias diagnósticas. Já a versão atual, o DSM-V implementado em 2013, e revisado no ano passado, apresenta mais de 300 patologias. Um dos pesquisadores responsáveis pela quarta edição do manual estatístico americano para as doenças mentais, Allen Frances, tornou-se um dos maiores críticos do uso mercadológico dos DSMs, apontando a inflação diagnóstica e excesso de prescrições medicamentosas decorrentes do seu uso. O seu livro “Voltando ao normal”, foi editado e traduzido para o português pela ed. Graal, em 2016.

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Curso: Para Além da Contratransferência: O Analista Implicado

Aperfeiçoamento


CURSO NO FORMATO ONLINE * ver nota abaixo em: “Informações para Inscrições”

O psicanalista deve ser capaz de reconhecer com tristeza e compaixão que entre as pores e mais debilitantes perdas humanas é a perda da capacidade de estar vivo para nossa própria experiência, em cujo caso perdemos uma parte de nossa qualidade humana”.
Thomas Ogden, 2005

Favorecer um espaço de ampliação do conhecimento clínico-teórico que favoreça o trabalho clínico.
Explorar a dimensão intersubjetiva da experiência clínica a partir de autores de nossa contemporaneidade – Thomas Ogden e Antonino Ferro – alicerçados especialmente nos pensamentos teórico-clínicos de W. Bion e D. Winnicott.
Ter no horizonte o objetivo de conduzir à reflexão profunda sobre a posição do analista, bem como de sua implicação no trabalho de análise.

Corpo Docente

Gina Tamburrino e professores convidados.

Conteúdo Programático
  • Proporcionar uma visão panorâmica da evolução do conceito teórico- clínico da contratransferência, desde Freud até a atualidade, dando a ver a transformação de uma abordagem unipessoal para a intersubjetiva.
  • Apresentar a articulação entre o fenômeno contratransferencial e a implicação do analista dentro de uma teoria de campo (Baranger)
  • Trabalhar com os referenciais teóricos e as contribuições para a técnica psicanalítica de Antonino Ferro e Thomas Ogden, baseados na trajetória conceitual de Freud, Klein e Bion.
  • Apresentar e fazer trabalhar os conceitos que se relacionam com:

a) a teoria do pensar (Bion): rêverie, identificação projetiva, fato selecionado, capacidade negativa, função alfa, entre outros;
b) a teoria do campo analítico (Willy e Madelenine Baranger): campo analítico, fantasia inconsciente compartilhada, baluarte, segundo olhar.
c) o conceito de terceiro analítico e rêverie (Thomas Ogden);
d) gradiente de funcionamento mental (do sonho às alucinações: sonho, fotograma onírico da vigília (flashes visuais), transformações em alucinose, alucinações) (Antonino Ferro).

  • Abordar a questão dos limites do analista, e os impasses que surgem na sala de análise: enactment crônico e agudo (Roosevelt Cassorla).

ESTRATÉGIAS: Aulas teórico-clínicas baseadas em textos de diversos autores (conforme bibliografia) que deverão ser previamente lidos pelos participantes.

Destinado a

Psicanalistas, psicólogos e profissionais que exerçam atendimento clínico, com escuta psicanalítica.

Duração/Horário

Duração:

um ano. Carga horária do curso: 80 horas.

Horário

Sextas-feiras, das 10h00 às 12h30.

Informações para inscrições

Jornada de Saúde Mental da Mulher – 2022

PROGRAMAÇÃO

  • 08h00 – 08h15: Abertura – Dr. Joel Rennó
  • 08h15 – 09h00: Planejamento Pré Concepção – Dr. Joel Rennó
  • 09h00 – 09h45: Aspectos Psicológicos na Reprodução Assistida – Luciana Leis
  • 09h45 – 10h30: Reprodução Assistida e Psiquiatria – Rodrigo Gimenez
  • 10h30 – 11h00: INTERVALO (30min)
  • 11h00 – 11h45: Família: lugar de pertencimento, diferenciação e atritos contemporâneos – Alexandre Coimbra Amaral
  • 11h45 – 12h30: Transtornos mentais no período perinatal – Maira Lessa
  • 12h30 – 14h00: ALMOÇO (1h30min)
  • 14h00 – 14h45: Psicofármacos e Perinatalidade – Alexandre Okanobo
  • 14h45 – 15h30: Transtornos Mental Paterno e suas repercussões – Arianne Angelelli
  • 15h30 – 16h00: INTERVALO (30min)
  • 16h00 – 16h45: Elaboração Psíquica na Gestação – Rachelle Ferrari
  • 16h45 – 17h30: Pediatria e Saúde Mental Materna – Cleyton Angelelli
  • 17h30 – 18h00: Discussão de casos e dúvidas com a Equipe do Programa Saúde Mental da Mulher – Ambulatório ProMulher. (Certificado Digital – Concedido pela Escola de Excelência do IPq – Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP)
  • inscrições:
  • https://www.ceip.org.br/cursos-e-eventos/jornada-de-saude-mental-da-mulher-2022-13-087/
https://www.ceip.org.br/cursos-e-eventos/jornada-de-saude-mental-da-mulher-2022-13-087/

A constituição da paternidade

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  • O filho também é do pai! O foco na relação mãe -bebê pode nos deixar esquecer do ambiente que os circunda e da importância do pai. A atitude paterna influencia no desenvolvimento da criança. É o pai, ou seu substituto, que favorece para a mãe e o bebê o estabelecimento da terceiridade… É preciso três para que dois possam ter a ilusão de ser UM!
  • Em nosso curso, pelo INSTITUTO GERAR DE PSICANÁLISE, buscamos:
  • Compreender como alguns homens estão construindo novas narrativas e práticas sobre a masculinidade e paternidade. Esta compreensão pode ajudar a abrir portas dialógicas com outras identidades masculinas menos disponíveis para se desconstruir. ( Alexandre Coimbra Amaral)
  • Entender e legitimar o pai como um cuidador potente e desejante do filho, acompanhando assim as mudanças socioculturais por que temos passado. As novas dinâmicas e configurações familiares possibilitaram outras formas de exercício da paternidade, bem como da maternidade. ( Simone Gidugli)
  • Pensar o complexo de Édipo e suas relações com a constituição da terceidade. ( Sérgio Gomes)
  • Investigar as conexões e pontes simbólicas que unem pai e filho. Com Winnicott e sua lente de aumento incidindo sobre os aspectos ambientais e mais precoces, iluminamos a figura do pai e sua capacidade de conexão com o filho como agente facilitador do seu processo de travessia edípica. Há um processo dialético e sincrônico: o pai está lá para ser encontrado quando o bebê se torna capaz de criá-lo. ( Arianne Angelelli)
  • Aprender com Cristina Merletti sobre intervenções e atendimento a famílias – pensar o Édipo sob o vértice paterno e ilustrar, nos casos de psicose infantil, as vicissitudes da constituição da função paterna.

Falando sobre masculinidades… com Alexandre Coimbra Amaral.

Nossos professores:

Arianne Angelelli é psiquiatra perinatal com especialização na infância e adolescência, colaboradora do ambulatório Pro-Mulher do Instituto de Psiquiatria da USP. Simone Guidugli é psicanalista e pesquisa a paternidade na USP. Este curso foi montado por Arianne ( PUC-SP) e Simone (USP) a propósito das pesquisas em psicanálise que ambas desenvolvem no momento. Alexandre Coimbra Amaral tem experìência com grupo terapêutico de homens e nos traz casos de homens em sua trajetória na construção da paternalidade. Cristina Merletti, do Lugar de Vida, psicanalista e docente titular da Universidade Ibirapuera, nos fala da função paterna a partir de sua experiência com famílias e no atendimento a crianças com transtornos de subjetivação. Sergio Gomes, também doutor em psicologia, traz sua contribuição a partir da sua pesquisa de pós doutorado e articula terceiridade, Édipo e paternidade.

O filho também é do pai

os primeiros passos ( Van Gogh)
Os Primeiros Passos ( Vincent van Gogh)

Para Winnicott o bebê é “uma organização em marcha” e a fase edípica um momento importante do desenvolvimento, mas que nem sempre é atingido plenamente.

Sem deixar de levar em conta o pensamento freudiano e a importância do complexo de édipo, Winnicott se volta para os estágios iniciais e suas viscissitudes.

O estabelecimento da terceiridade na vida da pessoa é pensado pela ótica das relações iniciais. Ele enfatiza a importância do ambiente para o amadurecimento e sob este ponto de vista a conquista da independência relativa a partir da situação inicial de dependência absoluta do bebê.
Claudia Dias Rosa salienta como Winnicott tende a valorizar a presença real do pai na vida do bebê e de sua mãe. Ela explicita 4 fases do desenvolvimento e em cada uma delas a participação paterna. Estas fases vão do momento mais inicial, em que o pai, fazendo parte do colo da mãe, é percebido de forma indiferenciada, ao momento do pai “edípico” agente da terceiridade e da diferença . Segundo esta autora, na obra de Winnicott, o pai tem múltiplas funções que progridem conforme o bebê se desenvolve. Ele tem lugar como facilitador para que o bebê adquira uma capacidade progressiva de percepção do objeto, em cada fase. Diz Winnicott:
“À medida em que o bebê fortalece seu ego… à medida que a tendência herdada à integração faz o bebê avançar…. a terceira pessoa desempenha ou parece desempenhar um grande papel…e é aqui que sugiro que o bebê tem probabilidade de fazer uso do pai como um diagrama para a sua própria integração… Se o pai não se encontra lá, o bebê tem de fazer o mesmo desenvolvimento, mas de modo mais árduo…”
O pai “capaz de sobreviver, castigar e perdoar” , de que nos fala Winnicott, é aquela figura que, já percebida em sua totalidade pelo bebê, tem sua importância como um elemento terceiro , real e presente. O pai (terceiro) que pode acolher de alguma maneira os impulsos hostis da criança faz diferença na maneira como ela se torna capaz de suportar em si mesma as pressões instintivas.
Com Winnicott e sua lente de aumento incidindo sobre os aspectos ambientais e mais precoces, podemos salientar o quanto a figura do pai e sua capacidade de conexão com o filho será agente facilitador futuro do processo de travessia edípica. Há um processo dialético e sincrônico: o pai está lá para ser encontrado quando o bebê se torna capaz de encontrá-lo.

curso pelo Instituo Gerar
https://institutogerar.com.br/cursos/o-filho-tambem-e-do-pai-reflexoes-psicanaliticas-sobre-a-paternidade/

inscrições para o curso no link acima

Professores:

Alexandre Coimbra Amaral: Psicólogo, terapeuta de casais, famílias e grupos.  Escritor, autor de “Cartas de um terapeuta para seus momentos de crise” e “A Exaustão no topo da montanha”. Fundador do Grupo Terapêutico de Homens, que vem desconstruindo machismos há quatro anos e meio em encontros quinzenais).

Arianne M. M. Angelelli: Psiquiatra infantil e perinatal, membro do departamento de saúde mental da Sociedade Paulista de Pediatria e do Ambulatório de Saúde Mental da Mulher do IPQ-USP, mestranda pela PUCSP.

Cristina Keiko Inafuku de Merletti: Psicóloga; psicanalista; especialista em Tratamento e Escolarização de Crianças com TGD/PSA-IPUSP; mestre e doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pelo IPUSP; sócia-membro do Lugar de Vida – Centro de Educação Terapêutica SP; docente titular do Programa de Mestrado em Educação e Subjetividade da Universidade Ibirapuera.

Sergio Gomes da Silva: Psicanalista, Pós-Doutor em Psicologia (USP), Doutor em Psicologia Clínica (PUC-Rio), Membro Efetivo do CPRJ, Membro do GBPSF. Diretor do Instituto Nebulosa Marginal.

Simone K. Niklis Guidugli: Psicóloga perinatal, clínica e hospitalar. Mestre e Doutoranda pelo IPUSP. Sócia-fundadora da Curae Psicologia.

Programa:

08:00h – 09:15 – Síndrome de couvade: a identificação feminina primária e a ancoragem da paternidade no corpo.  O pai que une. (Arianne Angelelli)

09:15- 10:30 – Da Preocupação Materna Primária à Preocupação Parental Primária. (Simone Guidugli)

Intervalo 15 min

10:45 as 12:15- A experiencia do grupo terapêutico de homens: paternidade. (Alexandre Coimbra)

12:15- 13:30- almoço

13:30 -14:15   Depressão puerperal paterna: não é só a mãe quem deprime. Características dos quadros de doença mental paterna e suas repercussões (Arianne Angelelli).

14:15- 15:30   Paternidade, Terceiridade e Édipo (Sergio Gomes).

15:30 – 16:45h- O triângulo edípico sob o vértice paterno e suas repercussões no psiquismo do filho. A dimensão simbólica da filiação- o pai que separa. (Cristina Merletti).

intervalo 15 min 

17:00 – 18:00 Filho, não vê que estou queimando? Paternidade e negritude – ser pai no contexto da sociedade brasileira. Caso clínico. (Simone Gidugli e Arianne Angelelli).

18:00 a 18:30 roda de perguntas aos palestrantes

ALEXANDRE COIMBRA AMARAL: falando sobre a(s) masculinidade(s)

Abrap

A ABRAP-Associação Brasileira de Psicoterapia foi fundada em maio/2004.

O objetivo da ABRAP é reunir e fomentar o intercâmbio entre psicoterapeutas de diferentes referenciais teóricos.

Busca-se assim dialogar compartilhando tanto conhecimentos científicos atuais como incentivar o desenvolvimento da ciência de modo a contribuir para um exercício qualificado em psicoterapia.

A ABRAP vem somando seus esforços com diferentes órgãos e entidades participando e fornecendo oportunidades para o diálogo e produções sobre a psicoterapia http://www.abrap.org/normatizacao.php?NuNot=271 para contribuir tanto com as diferentes instituições como com os /as psicoterapeutas e a sociedade como um todo.

Conheçam a primeira videoconferência http://www.abrap.org/noticias.php?NuNot=257 proposta pela ABRAP através do canal ABRAP no youtube  https://www.youtube.com/c/ABRAPAssociaçãoBrasileiradePsicoterapia?sub_confirmation=1 em abril/2020 diante da grave crise sanitária que vivemos.

Propomos atividades sistematicamente. Sigam a ABRAP Facebook- @ABRAP.org.br; chamadas pelo Twitter- @ABRAP_ABRAP; e Instagram- oficialabrap

Participe conosco em prol do reconhecimento e qualificação do exercício em psicoterapia.

Participe de nosso proximo encontro!

O psicologo e a medicação psiquiatrica

Objetivo: Introdução aos conceitos básicos da psicofarmacologia abordando os psicofármacos mais comumente usados em psiquiatria para atualização de psicólogos e psicoterapeutas que trabalham com clínica.

As aulas serão online e ao vivo

2 encontros, das 17:00 às 20:15 horas
Data:dias 07 de maio e 14 de maio (sextas-feiras).

Um poema:

TDAH

Esta angústia me convoca

Me tira do meu corpo

A atenção é um luxo

Que almas atormentadas como a minha não

conhecem

Não quero ritalin, por favor

Mas um copo dagua, sim?

( e que seja fresca, por favor)

( Arianne Angelelli)

Jornada da Saúde Mental da Mulher

https://www.ceip.org.br/cursos-e-eventos/jornada-de-saude-mental-da-mulher/

uma jornada sobre a saúde mental da mulher

Grupo de estudos: Indicadores de intersubjetividade

Carla Braz Metzner

https://www.entrelacer.com.br/event-details/grupo-de-estudos-indicadores-de-intersubjetividade-com-carla-braz

Indicadores de intersubjetividade: Do encontro de olhares ao prazer de brincar juntos – Victor Guerra | Com a psicóloga e psicanalista pelo Sedes Sapientiae, Membro do Dpto de psicanalise do Sedes Sapientiae. Mestranda da PUC de São Paulo, Carla Braz Metzner.

https://www.entrelacer.com.br/agenda

O Psicólogo e a Medicação Psiquiátrica: Informações necessárias para acompanhar seu paciente

Objetivo: Introdução aos conceitos básicos da psicofarmacologia abordando os psicofármacos mais comumente usados em psiquiatria para atualização de psicólogos e psicoterapeutas que trabalham com clínica.

https://institutogerar.com.br/cursos/o-psicologo-e-a-medicacao-psiquiatrica/

Data mudada para 27/11/2020

Instituto gerar de psicanalise

curso: para além da contratransferência

https://sedes.org.br/site/cursos-sedes/para-alem-da-contratransferencia-o-analista-implicado/

o curso tem se renovado anulamente

entrar em contato com http://sedes.org.br/site/cursos/

Palestra “Toxilogia e Alcoolismo nas Relações de Trabalho”- palestra ministrada po Katia Piroli

Gravidez na adolecência – PGM 20

O Programa semanal de debates onde os temas são selecionados a partir de fatos que ocorrem no cotidiano da sociedade.

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